segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

férias

"...amanhã parto para férias... regressarei aqui dia 15... há cerca de 20 anos que não tirava umas férias assim tão prolongadas... é apenas um prémio merecido por tantos anos de trabalho sem descanso apesar de reformado... é que na minha situação, trabalho não significa estar empregado como já estive outrora... trabalho existe de muitas formas e os últimos anos têm sido de muito e muito trabalho e quem me conhece sabe porquê... vou assim, em boa companhia, usufruir de um hiato e aproveitar o que a vida ainda me tem para dar... fazendo um balanço do ano que passou, não me posso queixar mas desejo fortemente, de bem do fundo do meu coração, que 2008 seja imensamente melhor e onde, acima de tudo, impere o Amor... aproveito, assim, a oportunidade para vos desejar umas boas entradas no novo ano de 2008... e, não se esqueçam: amem e, por favor, sejam felizes..."

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

ali

“...te vejo ali, parada, me olhando só... não há palavras, nem medos, nem lágrimas... há apenas um olhar profundo e um toque suave como se fosse o toque mais importante deste mundo... te olho e te fixo a alma... te possuo mesmo antes de te tocar, de te amar, até mesmo antes de te olhar... é tudo muito mais forte do que o meu querer... olhar-te bem dentro mesmo sem te ver... sentir-te só de te desejar, ali, parada numa pose linda, somente a me olhar... fixo tua boca e te sorvo completa... te abraço sem te abraçar... te afago sem afagar... te penetro sem te penetrar... está tudo ali, em ti, a meu lado... basta te desejar... e meus olhos já te possuíram... e teus olhos já me abraçaram... e teus olhos já me sentiram... ali, sem questionar, me estendes a mão... vejo teu corpo a arfar.... e sentes minhas garras te tocar... e teu corpo em minha alma se entregar... tudo tão simples: apenas o desejo de te desejar...”

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

garra

"...às vezes, em muitos momentos da vida, as pessoas vêem-se perdidas, sem razões para estarem onde estão ou por estarem como estão... às vezes, em muitos momentos da vida, o ser humano questiona o porquê do seu sofrimento, a razão pela qual merece ou não merece a desdita que enfrenta... às vezes, muitas vezes, o ser humano duvida do porquê dos muitos porquês que assolam as suas dúvidas... às vezes duvidamos apenas porque não olhamos para o lado e não vemos que outros têm mais razões para duvidarem do que nós...e, sem razão, colocamos o nosso problema como o mais grave de todos quando outros nem sabem que têm um problema porque ele é a sua razão única de ser... às vezes, precisamos apenas de ter "garra", de nos agarrarmos a qualquer coisa, a algo que saibamos ser a solução para o nosso problema... às vezes, bastaria um sorriso e, principalmente, saber amar... saibamos agarrar o Amor como único suporte para a dor que julgamos estar a passar... agarrem o Amor enquanto é tempo... depois, depois pode ser tarde demais... amem... agarrem o Amor... sejam felizes apesar de tudo..."

domingo, 23 de dezembro de 2007

natal

"...hoje venho apenas deixar um singelo (como singelo é o Presépio na imagem) desejo de um FELIZ NATAL para todos... que a época seja de Paz e de Felicidade... que Todos se empenhem num Mundo melhor, em menos fome, em menos dor, em menos lágrimas... em que todos façam algo pelo seu semelhante, em que o Amor possa vencer e que cada um dê um pouco de si ao que de si precisar, tão só e apenas porque o caminho é Amar..."

sábado, 22 de dezembro de 2007

sabor de uma lágrima

“…ele olhou-a nos olhos e viu uma tristeza profunda na alma ou lá onde é que a tristeza ou a alegria se instalam às vezes em nós… ele olhou-a nos olhos e viu o que ainda não tinha visto: a mágoa de não ser o que queria ser, a dor de não poder, o sofrimento do desejo insatisfeito ou ainda do satisfeito não desejado… olhou-a bem nos olhos e viu-a chorar por dentro sem que uma lágrima bailasse nas pálpebras tão serenamente abertas… olhou-a uma vez mais, sem pressas (ou altivez como quem percebe o que está a fazer, ou a sentir ou ainda a ver), com vagar, com doçura, com precisão… sentiu-lhe a pulsação acelerada quando lhe pegou na mão… tinha-a fria, quase gelada e aquele olhar tão triste ainda mais fria tornava aquela mão… pegou nela e levou-a até ao seu peito… espalmou-a bem de encontro à sua pele em peito nu e com a outra mão cobriu as costas dela forçando-a a ficar ali para que o calor a invadisse… não, nada lhe disse… ficou assim, olhando bem fundo dentro dela… aproximou a sua boca da boca dela, muito lentamente, e muito ao de leve pousou lá um beijo… nesse momento, sentiu nos seus lábios o sabor salgado de uma lágrima… saboreou o gosto e pousou-lhe a cabeça pendida no ombro… apertou-a contra ele e deixou-se ficar assim, juntos… um momento eterno para lembrar se tivesse sido filmado naquele momento… seria uma pose a lembrar para o resto da eternidade… sentiu a mão dela a aquecer e a sua face enrubescer num lento esgar de um sorriso… viu então o seu olhar, até ali perdido, encontrar-se em algum lugar… talvez dentro de si mesma, talvez dentro dele, talvez na fusão dos dois, não interessava, mas ele, o sorriso, ali se encontrava, um sorriso que brotava do calor dos corpos ou do bater de dois corações que se amam e tudo entendem… ele sorriu também, os corpos se moveram e se convulsionaram num espasmo de espanto e de sabor a tudo e a tanto… o doce sabor do perdão… o doce sabor da gratidão… o doce paladar do encontro, do confronto, do calor do ombro deixado de ser almofada para se tornar parte do abraço… e o riso se instalou num suave embalar dos dois ao mesmo tempo que aquela lágrima ficara lá, em lugar distante, perdida, a secar…”

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

espelho

“…torno-me espelho de mim mesmo e a luz que em mim me toca, se reflecte no exterior do meu ser… espalho o que sou no espaço em meu redor… vejo-me diverso e dividido em milhares de partículas de luz, facto que tanto me seduz… porém, receio quebrar-me em mil pedaços e perder a magia destes meus ténues passos pelo mundo da fantasia… elejo-me mentor de mim mesmo e, sereno, torno-me pleno daquilo que sou: uma partícula apenas no meio do nada que me rodeia… mas a minha imagem, por todos os lados dividida, semeia no espaço em que me insiro tudo o que tenho por pouco que seja e eu sinto que a verdade deste louco imaginar, mais não é do que o desejo de o ser, de em mil imagens me tornar e… me dar…”

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

criar magia

“…a magia não se vende, não se compra, não se cria… a magia pode estar apenas num sonho… nas tuas mãos… na tua pele… no teu seio… dentro ou fora de ti… a magia pode estar aqui…ou aí… a magia é o que quisermos que ela seja, um acenar, um olhar, um beijo, um dar a mão, um estar presente… a magia pode estar apenas num sonho, num local, em nós ou nos outros… pode estar no amigo que nos cumprimenta, no abraço ou no enlace… no corpo ou na alma… nos olhos, no rir ou na lágrima… a magia é o que quisermos que ela seja… não necessitamos de ser feiticeiros para criar magia… basta chamar por ela ou estender a mão ao feitiço… basta apenas isso… perder a razão, deixar de ter o siso… entender que a magia é real se dentro de nós existir um sonho… seja ele qual for… vamos prosseguir e persegui-lo… vamos atrás dele, devagar ou a correr, veloz ou calmamente… a magia é o que a gente quiser… basta desejar com força e ela estará logo em nós, ao nosso lado… às vezes nem precisa de ouvir a nossa voz… por ser magia ela sabe do que precisamos… então, vamos… vamos criar magia dentro do que tivermos para a albergar nem que ela seja apenas um sonho mas sem nunca esquecer que nesse mesmo sonho a magia pode existir e nos fazer sorrir…”

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

quando sabemos que se ama?

“… há dias escrevi-te dizendo as razões pelas quais te amo… escrevi dizendo, afinal, que te amo porque te amo… mais tarde comecei a pensar se existe um momento a partir do qual se começa a amar e se esse momento existe, como sabemos então que se ama?... disse-te também há tempos que o amor não tem tempo nem espaço pela simples razão de que o Amor apenas, é… vive, subsiste, existe, está… é algo definido, concreto mesmo não sendo físico nem metafísico, o Amor é algo que é… sendo assim, não tendo o Amor tempo nem espaço e sabendo nós que amamos, como se sabe que se ama?... dediquei todo o tempo da minha vida à procura do Amor, na busca constante do meu “Graal”, na demanda do porquê do se ser e do se estar e das razões pelas quais aqui estamos… durante todos esses anos procurei e um dia (não interessa quando porque o Amor não tem tempo nem espaço) descobri que o Amor está (é) em cada um de nós… não é nada que se descubra ou possua ou se encontre… ele, o Amor, está em nós mesmos… se ele está em nós então ele é nosso, de nossa pertença e faremos dele o que bem se quiser… daí que, quando afirmo as razões pelas quais eu te amo, estou ao mesmo tempo a dizer que te amo apenas porque sei que o Amor que está dentro de mim, passa para ti… deixa de ser “meu” e começa a “existir” em ti porque apenas e só, te doo esse Amor, numa entrega sem pedir troca… dando-o, sei que o dou e nesse momento passo a saber que te amo… assim, só existe uma única forma de sabermos se amamos (ou quando é que sabemos que estamos a amar), é sabendo que o Amor que estava em nós foi dado a outrem, entregue simplesmente, como dádiva… e esse Amor pode estar num simples gesto, num olhar, num acenar, num toque, num sentir, não se ser o que éramos e passarmos a ser de outrem… nesse momento, quando nos sentirmos parte do outro, saberemos que estamos a amar… em contrapartida, quando soubermos que fazemos parte de outrem também saberemos que estamos a ser amados… porque apenas e só, o Amor… é...”

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

alma

"...me haverás de perseguir por toda a Eternidade e em mim habitar como uma segunda Entidade, uma alma ou o que queiras ser... serás sempre uma presença a conter a minha essência, mesmo presente ou mesmo na ausência... serás o meu guia, o meu âmago, o Alpha perfeito no meu jeito de amar, de me ser e de me estar, aqui ou ali ou aí, no teu cerne, no meu peito, no corpo do meu amor, no doce beijar da pele que te cobre na acetinada presença de quem amo..."

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

lobices 2


...Nasceu o "lobices 2" *****AQUI*****

porque te amo?

“…amo-te porque te amo… porque me sinto bem quando te olho… quando te toco… quando te beijo… quando sinto a tua pele perfumada junto da minha… quando te vejo sorrir para mim… quando ouço a tua voz… quando te ris… quando me tocas, me acaricias e me fazes sentir homem… amo-te quando me dizes que também me amas, quando me dizes gostar de mim, quando me olhas e vejo no teu olhar a tua alma e o reflexo da minha… quando sabemos que nada mais no mundo nos importa… quando sentimos que tudo o que gira à nossa volta está parado e somos o centro de tudo… amo-te quando te digo que te amo, quando te sussurro palavras ternas, quando ouço as que me dizes… amo-te quando me dás um mimo, um sabor, o roçar ao de leve ou mesmo forte… amo-te porque te amo… porque te sinto bem quando me olhas… quando me tocas… quando me beijas… quando sinto que sentes a minha pele… quando te sorrio… quando ouves a minha voz… quando me rio… quando te toco, quando te acaricio e te faço sentir voar… amo-te quando estou aqui ou aí… amo-te mesmo quando não estamos ou não somos… amo-te porque sei que te amo, porque sinto que te amo, porque vivo esse amor duma forma terna, doce, suave e pura mesmo quando os corpos se entrelaçam e vibram em loucura… amo-te assim, tão simples…tão tudo em ti e em mim…”