segunda-feira, 7 de fevereiro de 2005

cinzas

"...Agonizo lentamente no beijo que não me deste; estremeço no desejo de o ter tido eterno!... Apenas sinto dor na carícia que me retiras quando penso que não há Verão em qualquer Inverno. Agonizo lentamente no abraço que me faz falta; estremeço no profundo anseio de o ter sentido forte!... E apenas diviso lágrimas na imensa loucura quando caminho em direcção à tua morte. Agonizo serenamente na dor que me cobre; estremeço de frio no túmulo da tua jazida, apenas limpando a dor da profunda desventurada e desdita corrida que fizeste contra a vida..."

5 comentários:

Anonymous disse...

A tristeza da morte, real ou simbólica, faz-me sempre pensar em Auden. "Stop all the clocks, cut off the telephone..." Beijinho grande, Quim.
Cinda

Carmem L Vilanova disse...

Nao te sintas triste! Entristece-me ver triste aos amigos!
Desejo-te um lindo inicio de semana, amigo Quim!
Bjs!

Anonymous disse...

Viva!

Lindo! Cheguei aqui agora, li e li e li.. estou a adorar cada leitura! :) Melancólica, só, mas cheia de ternura, carinho, poesia... Vou voltar para ler mais. BIgada por estes momentos. :) jinhos luminosos, Sofia http://blog.sofiamorgado.net

Conceição disse...

Belíssimo testemunho da dor sentida. Se é real espero k espaireça breve e deixe só uma presença dos bons momentos.Bjs e ;)

Anonymous disse...

Um texto para ler, reler, (parar) e reflectir. Sobretudo para evitarmos sentir falta de tudo o que poderíamos ter dado aquando da vida. No tempo e lutando contra ele, um grito para o amor que deve ser vivido em cada momento. A partilha constante. O carinho. Mas sim, tudo tb depois do adeus. Mas não só. Sobretudo, não recordarmos o que poderia ter sido.

Beijinho,

Sandra
(http://www.void.weblog.com.pt)