domingo, 6 de novembro de 2011

Perdurar

"... e o amor não se esgota nos momentos em que os amantes se encontram... o amor perdura para além deles, dos momentos e dos próprios amantes... o amor fica em cada um como uma marca no tempo que vai para lá do tempo em que foi... o amor vai com cada um e reaje ao menor sinal de memória... reactiva-se a si próprio quando já lá não está, naquele momento em que se ama... eleva-se para além da sua meta e tenta chegar ao momento seguinte, momento esse que não se sabe se vai existir mas que se deseja e do qual se sabe apenas que será um novo momento... o amor não se esgota no momento em que os corpos se esgotam e descansam... o amor vai além desse esvair porque se não for nunca será amor... o amor não se esgota no peito de cada um porque continua na memória de ambos... o amor é isso, é saber que não foi só e apenas aquele momento... o amor prolonga-se a si próprio para além de si mesmo e daqueles que o vivem... o amor está para lá do próprio amor..."

1 comentário:

Maria Ribeiro disse...

À velha maneira dos poetas de todas as épocas, que tentaram definir o amor, resta-nos a verdade ,que reafirmas de que "o amor está para lá do próprio amor"...Indefinível!É preciso senti-lo e vivê-lo para poder falar sobre ele...Nasce connosco, vive connosco, morre connosco...Mas...o que FOI?Filhos...netos...? uma árvore ,em flor? uma flor que nos embelezou...?um suspiro de alguém que nos tocou o âmago?

Beijinho de Mª Elisa